BROMELIACEAE

Nidularium innocentii Lem.

Como citar:

Miguel d'Avila de Moraes; Tainan Messina. 2012. Nidularium innocentii (BROMELIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.013.617,773 Km2

AOO:

884,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estados das regiões Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul), desde a Bahia (Forzza et al. 2011), tendo uma lacuna significativa em seu padrão de distribuição no Estado do Espirito Santo (Leme, 2000; Wanderley et al., 2007). N.innocentii pode ser encontrada desde o nível do mar até altitudes próximas dos 1.500 m. Possui a segunda mais ampla distribuição geográfica conhecida para o gênero, somente superada por N. procerum (Leme, 2000). O mesmo autor cita ainda registros interioranos no município de Wanceslau Guimarães, BA. A espécie ultrapassa o Portal de Torres (SC/ RS), reconhecida barreira geográfica para a distribuição do gênero, sendo mais abundante do q N. procerum no Rio Grande do Sul (Leme, 2000).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie amplamente distribuída.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita inicialmente na obra Ill. Hort. 2: 13. (1855) por Lemaire. N. innocentii é um táxon variável quanto ao porte, coloração das folhas, conformação da roseta foliar e da roseta floral e também no que tange ao colorido das brácteas primárias. Existem indivíduos de N. innocentii com folhas totalmente verdes e brácteas primárias quase inteiramente verdes, sendo que no terço apical apresentam-se verde esbranquiçadas em direção à base, tornando-se abruptamente vermelhas no ápice. Um grande número de nomes inválidos, sem diagnose, foram publicados para esta espécie, o que reflete a grande variação morfológica que este táxon sofre, dependendo do ambiente na qual ocorre (Leme, 2000). É próxima a N. campo-alegrense, mas defere-se desta pelas bainhas foliares não-nervadas, inflorescência tripinada, flores sésseis ou quase e as sépalas mais altamente concrescidas (Leme, 2000). Pode ser confundida com N. longiflorum quando se propaga por estolhos (o que ocorre mais raramente, já que normalmente N. innocentii se propaga por curtos brotos basais) (Leme, 2000).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica (Leme 2000, Moreira 2002, Moura et al. 2007, Martinelli et al. 2008, Martinelli et al. 2009, Forzza et al. 2011).
Fitofisionomia: Florestas Ombrófilas Densas e Restingas (Moura et al. 2007; Martinelli et al. 2009). Moreira (2002) e Wanderley et al. (2007) indicam a ocorrência de N. innocentii em mata atlântica de encosta, de planalto, de planície (mata de restinga e matas paludosas - fisionomia arbórea, com estratos arbustivos e herbáceos geralmente desenvolvidos). Pode ser encontrada em áreas bem drenadas ou paludosas (CONAMA 1999; Leme 2000); e de altitude. Na restinga foi encontrada na porção superior do cordão arenoso, seco na maior parte do tempo; na porção intermediária-inferior do cordão, sujeito a consideráveis oscilações no grau de umidade e, na zona de depressão intercordão (Sonehara 2005).
Habitats: Forest Subtropical/ Tropical Moist Lowland/ Montane
Detalhes: Planta herbácea (Duarte 2006), epífita, rupícola ou terrestre, no sub-bosque (esciófilo) (Moreira 2002; Wanderley et al. 2007; Bourscheid 2008), foi coletada com flores todos os meses do ano (Moreira 2002; Wanderley et al. 2007). A espécie é polinizada pelo Beija-Flor Ramphodon naevius (Piacentini 2006). A espécie ocorre apenas em Florestas Ombrófilas Densas e Restingas (Moura et al. 2007; Martinelli et al. 2009) associadas ao domínio fitogeográfico da Mata Atlântica (Leme 2000; Moreira 2002; Moura et al. 2007; Martinelli et al. 2008; Martinelli et al. 2009; Forzza et al. 2011), em florestas de encosta, de planalto, de planície e de altitude (Moreira 2002; Wanderley et al. 2007).

Ações de conservação (4):

Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
A espécie é amplamente cultivada, com várias variedades morfológicas presentes em coleções (Leme, 2000).
Ação Situação
4.3 Corridors on going
A espécie possui registros dentro dos Corredores de Biodiversidade Central e Serra do Mar da Mata Atlântica (Martinelli et al., 2009).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie possui registros dentro de diversas unidades de conservação (SNUC) ao longo de sua área de ocorrência (Leme, 2000) como Parque Nacional da Serra do Itajaí, Reserva Biológica Estadual do Aguaí, Parque Estadual da Serra Furada, RPPN Caraguatá, Parque Municipal da Lagoa do Peri, Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Parque Municipal da Lagoinha do Leste, em Santa Catarina; Estação Biológica Alto da Serra de Paranapiacaba, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual Jacupiranga, Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Parque Estadual Intervales, em São Paulo; Reserva Estadual Wesceslau Guimarães (BA), entre outras (CNCFlora, 2011).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Em Perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).